(Ilustração: Mario Bag)
Em 1992, a cidade do Rio de Janeiro recebeu representantes de mais de 170 países para conversar sobre o equilíbrio da natureza. Estava claro que a Terra vinha sofrendo excessivamente com a poluição do ar, a devastação de áreas verdes, a contaminação das águas e outras ações humanas.
O evento era tão importante que cerca de 100 chefes de Estado estiveram presentes. Além de políticos, milhares de jornalistas e líderes de instituições com alguma responsabilidade ambiental participaram da elaboração dos planos para, digamos, salvar a Terra, e deram muitas ideias para por em prática nos próximos anos, como poupar a água, reciclar o lixo, além de alternativas para poluir menos o mundo e evitar o desperdício.
Passados 20 anos, um novo encontro foi marcado para acontecer na mesma cidade, daí o nome Rio+20. Serão avaliados os compromissos assumidos no passado e traçadas novas metas em benefício da Terra e dos terráqueos. No final do encontro, um documento será escrito e assinado por todos os participantes para garantir que cada país cumpra o que prometeu fazer. Entre as principais questões em discussão nesse novo encontro estão: como incentivar a economia verde e o desenvolvimento mais justo e sustentável do mundo.
Verde, justo e sustentável
Sem dúvida alguma, você deve estar se perguntando o que significa desenvolvimento sustentável. Vamos tentar responder de forma simples e direta: promover o desenvolvimento sustentável significa atender às necessidades das gerações presentes – ou seja, das pessoas que vivem hoje no mundo, como eu e você –, mas sem comprometer as gerações futuras – como nosso filhos, netos, bisnetos… Neste sentido, as pessoas hoje devem ter a capacidade de se sustentar (ter casa, comida, roupa, dinheiro etc.), mas conservando os recursos naturais. É uma grande responsabilidade, você não acha? Como fazer isso é o que será discutido no evento.
Se você já entendeu a questão do desenvolvimento sustentável, deve estar querendo descobrir o que vem a ser esta tão falada economia verde? Pois esse é um dos principais temas da Rio+20. Embora o nome nos faça pensar nas florestas, o sentido de economia verde é bem mais abrangente. Tem a ver com pensar um novo modelo de desenvolvimento mundial, que não fira o ambiente, que seja mais barato e socialmente justo.
Em outras palavras, as nações podem pensar em ganhar dinheiro e desenvolver seus países, mas sem esquecer que todos nós vivemos em uma só casa, ou seja, a Terra. Isso quer dizer que os países precisam encontrar maneiras de mobilizar o seu povo para consumir menos e poluir menos, além de promover ações para que todos tenham acesso ao desenvolvimento (morar com dignidade, estudar, trabalhar e se divertir, por exemplo), sem precisar prejudicar o país vizinho, e ainda ajudar no crescimento das outras nações.
(Este texto é parte do artigo publicado na Ciência Hoje das Crianças 235)
Nenhum comentário:
Postar um comentário