Parece que, a cada ano que passa, as crianças se mostram mais espertas. Também pudera: assim como nós, adultos, elas também estão cercadas de informações, sejam elas vindas da TV, músicas, internet, ou mesmo de colegas e familiares; das mais diversas temáticas.
Na atualidade, em muitas escolas, tal tema tem sido debatido, mas nem sempre educadores se sentem realmente seguros para direcioná-lo – ainda mais quando se trata de perguntas ou atitudes que exigem uma resposta ou intervenção rápida.
Uma justificativa é o fato de que reprimir ou dar respostas erradas, provavelmente, fará com que a criança busque tais informações em outras fontes, o que pode fornecer respostas incorretas, ou mesmo expô-la a riscos desnecessários.
Diante disso, convidamos os profissionais do Centro de Saúde para uma conversa com os alunos do 5º ano. A conversa aconteceu em dois momentos: com as meninas primeiro e depois com os meninos.
Foi muito esclarecedor! Porém, sabemos que a participação dos pais é muito importante nesse momento! Sendo assim, seguem algumas dicas :
* Dialogar de forma sincera e natural.
* Evitar fugir ao assunto ou dar respostas fantasiosas (por exemplo: a cegonha traz os filhos).
* Responder às perguntas à medida que vão surgindo (as crianças não estão à espera de explicações complexas apenas uma resposta à sua pergunta).
* Deixar as crianças falarem sobre os assuntos que despertam seu interesse.
* Assumir uma atitude natural sem crítica nem constrangimento.
* Evitar transmitir à criança o sentimento de vergonha ou timidez ao falar de seus sentimentos.
* Quando surgir uma pergunta num momento complicado uma resposta possível poderá ser: “Essa é uma boa pergunta - falamos sobre ela mais tarde?”.
* Fomentar a confiança nos filhos (ajuda-os a sentirem-se seguros e felizes).
* Explicar as diferenças corporais entre os sexos dando o nome correto aos órgãos e usar imagens simples para crianças.
* Explicar as mudanças que acontecem com o crescimento (mudanças corporais, menstruação, ereção, gravidez, parto).
* Transmitir a noção de que somos irrepetíveis, diferentes e por isso especiais.
* Conversar sobre as manifestações de amor (beijo, abraço, andar de mão dada, o sentimento de se estar apaixonado).
* Educar para o respeito pelo próprio e pelos outros.
* Educar para os afetos (carinho, amizade, amor).
“Dar informação não significa incitar à atividade sexual, mas apenas aprender a refletir sobre ela, a conhecer-se e a respeitar-se a si mesmo e a respeitar os outros. Em conclusão, significa formar pessoas sãs e responsáveis”
(Morfa)
Por Mariana Araguaia
Equipe Brasil Escola
Nenhum comentário:
Postar um comentário